Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher completa 20 anos no Brasil

Autor: Arianne Lima

Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher completa 20 anos no Brasil

Foto: Marcelo Oliveira (arquivo/Diário)

Criada em 25 de novembro de 2005, a Central de Atendimento à Mulher completa 20 anos hoje no Brasil. Importante aliada no combate à violência doméstica, a ferramenta fornece informações sobre leis, direitos, serviços disponíveis na rede de atendimento, além de locais onde podem ser registradas denúncias de violências sofridas. Tudo gratuitamente pelo 180.

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O “Ligue 180” foi implementado no país a partir da Lei nº 10.714/2003, que autoriza o Poder Executivo a disponibilizar número telefônico para atender denúncias de violência contra a mulher; o decreto nº 7.393/2010, que institui a Central de Atendimento à Mulher e a Lei nº 13.025/2014, que altera o art. 1º da Lei nº 10.714/2003, determinando que o número telefônico destinado a atender denúncias de violência contra a mulher seja operado pela Central de Atendimento à Mulher.

Atendimentos

O canal funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. Segundo o Ministério das Mulheres, “é possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal via chat no Whatsapp (61) 9610-0180”. A pasta reforça que “em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do 190”. Entre 1° de janeiro e 31 de outubro deste ano, o “Ligue 180” registrou 877.197 atendimentos, entre ligações, mensagens pelo WhatsApp, e-mails e videochamadas. Desse número, 719.968 foram por ligação, o que corresponde a 82% do total. Neste mesmo período, a Central recebeu 27.898 chamadas vindas do Rio Grande do Sul.

Segundo dados da Central, a maior parte dos atendimentos neste período são referentes a busca por informações.

É um canal que você pode entrar em contato, independente do horário, e fazer a denúncia. Sempre falamos que é um canal da mulher, mas não é necessariamente. É para buscar informações, sendo mulher ou não. É um lugar onde se pode fazer denúncias, sendo você a vítima ou vendo outra pessoa sendo. Várias vezes, aconteceu de uma cliente, que estava em uma situação de violência, ligar para o 180, fazer a denúncia, irmos até a delegacia e a ocorrência já estar lá. Isso dá maior agilidade. Então, o Disque 100 é uma ferramenta extremamente importante para que possamos dar atendimento efetivo àquela pessoa que está em situação de violência – enfatiza a advogada especialista em Violência Doméstica, Direito de Família e Direito Criminal, Deborá Evangelista.

Conscientização

A importância do canal é um dos temas abordados pelo livro "Você Não Está Sozinha: um manual de acolhimento, informação e empoderamento para mulheres em situação de violencia", lançado pela advogada em agosto deste ano durante a 52ª Feira do Livro de Santa Maria. Segundo Deborá, o acesso às informações de forma simples e efetiva tem construido o cenário mostrado pela Central de Atendimento à Mulher, no qual as vítimas tem sido as principais denunciantes e fazem isso de dentro das próprias casas.

Acredito que estamos avançando e conseguindo fazer com que mais mulheres façam a denúncia. É claro que sabemos que o número de mulheres que denunciam às violências e o das que sofrem são diferentes. Ainda temos milhares de mulheres que convivem com a violência no cotidiano e isso não chega às autoridades. Mas o disque 180, o livro e as ações do Conselho da Mulher e dos Centros de Referência, assim como Banco Vermelho, tem dado força para que essa mulher faça a denúncia. Eu sempre digo que quando mais falarmos sobre esse assunto, as formas de violência e os direitos, mais segurança terá essa mulher ao denunciar – concluiu.  

Panorama do Ligue 180

Atendimentos

  • Ligações – 719.968
  • WhatsApp – 26.378
  • E-mails – 130.827
  • Videochamadas – 24

Principais assuntos

  • Orientação sobre serviços de utilidade pública e outros procedimento
  • Funcionamento da Central 180
  • Orientação para serviços da rede
  • Denúncias de violência no contexto doméstico, familiar ou íntimo de afeto
  • Denúncias de violência psicológica
  • Serviços de atendimento às mulheres em situação de violência

Dados atualizados até 31 de outubro de 2025

Fonte: Central de Atendimento à Mulher

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